BOAS VINDAS

"A física é para a vida" (Leonard Mlodnow)

domingo, 24 de outubro de 2010

Revista Educação UOL: Como os países lidam com o Ensino Médio.

Encruzilhada
Etapa intermediária, o ensino médio tem representado o estágio em que a educação deixa muitos alunos para trás. Reformulá-lo tem sido um desafio para vários países
Marta Avancini


Tradicionalmente, o ensino médio é uma espécie de filho do meio da educação brasileira, aquele que fica "esquecido" e "pressionado" entre o irmão mais velho e o mais novo. Sem uma identidade clara, com um currículo engessado e excessivamente acadêmico, além de sofrer com a falta de professores, acaba não preparando os alunos adequadamente para avançar nos estudos nem para ingressar no mercado de trabalho.

Mário Prata: Uma tese é uma tese.

Uma tese é uma tese

MARIO PRATA

Quarta-feira, 7 de outubro de 1998 CADERNO 2


Sabe tese, de faculdade? Aquela que defendem? Com unhas e dentes? É dessa tese que eu estou falando. Você deve conhecer pelo menos uma pessoa que já defendeu uma tese. Ou esteja defendendo. Sim, uma tese é defendida. Ela é feita para ser atacada pela banca, que são aquelas pessoas que gostam de botar banca.

As teses são todas maravilhosas. Em tese. Você acompanha uma pessoa meses, anos, séculos, defendendo uma tese. Palpitantes assuntos. Tem tese que não acaba nunca, que acompanha o elemento para a velhice. Tem até teses pós-morte.

O mais interessante na tese é que, quando nos contam, são maravilhosas, intrigantes. A gente fica curiosa, acompanha o sofrimento do autor, anos a fio. Aí ele publica, te dá uma cópia e é sempre - sempre - uma decepção. Em tese. Impossível ler uma tese de cabo a rabo.

São chatíssimas. É uma pena que as teses sejam escritas apenas para o julgamento da banca circunspecta, sisuda e compenetrada em si mesma. E nós?

Sim, porque os assuntos, já disse, são maravilhosos, cativantes, as pessoas são inteligentíssimas. Temas do arco-da-velha. Mas toda tese fica no rodapé da história. Pra que tanto sic e tanto apud? Sic me lembra o Pasquim e apud não parece candidato do PFL para vereador? Apud Neto.

Escrever uma tese é quase um voto de pobreza que a pessoa se autodecreta. O mundo pára, o dinheiro entra apertado, os filhos são abandonados, o marido que se vire. Estou acabando a tese. Essa frase significa que a pessoa vai sair do mundo. Não por alguns dias, mas anos. Tem gente que nunca mais volta.

E, depois de terminada a tese, tem a revisão da tese, depois tem a defesa da tese. E, depois da defesa, tem a publicação. E, é claro, intelectual que se preze, logo em seguida embarca noutra tese. São os profissionais, em tese. O pior é quando convidam a gente para assistir à defesa. Meu Deus, que sono. Não em tese, na prática mesmo.

Orientados e orientandos (que nomes atuais!) são unânimes em afirmar que toda tese tem de ser - tem de ser! - daquele jeito. É pra não entender, mesmo. Tem de ser formatada assim. Que na Sorbonne é assim, que em Coimbra também. Na Sorbonne, desde 1257. Em Coimbra, mais moderna, desde 1290. Em tese (e na prática) são 700 anos de muita tese e pouca prática.

Acho que, nas teses, tinha de ter uma norma em que, além da tese, o elemento teria de fazer também uma tesão (tese grande). Ou seja, uma versão para nós, pobres teóricos ignorantes que não votamos no Apud Neto.

Ou seja, o elemento (ou a elementa) passa a vida a estudar um assunto que nos interessa e nada. Pra quê? Pra virar mestre, doutor? E daí? Se ele estudou tanto aquilo, acho impossível que ele não queira que a gente saiba a que conclusões chegou. Mas jamais saberemos onde fica o bicho da goiaba quando não é tempo de goiaba. No bolso do Apud Neto?

Tem gente que vai para os Estados Unidos, para a Europa, para terminar a tese. Vão lá nas fontes. Descobrem maravilhas. E a gente não fica sabendo de nada. Só aqueles sisudos da banca. E o cara dá logo um dez com louvor. Louvor para quem? Que exaltação, que encômio é isso?

E tem mais: as bolsas para os que defendem as teses são uma pobreza. Tem viagens, compra de livros caros, horas na Internet da vida, separações, pensão para os filhos que a mulher levou embora. É, defender uma tese é mesmo um voto de pobreza, já diria São Francisco de Assis. Em tese.

Tenho um casal de amigos que há uns dez anos prepara suas teses. Cada um, uma. Dia desses a filha, de 10 anos, no café da manhã, ameaçou:

- Não vou mais estudar! Não vou mais na escola.

Os dois pararam - momentaneamente - de pensar nas teses.

- O quê? Pirou?

- Quero estudar mais, não. Olha vocês dois. Não fazem mais nada na vida. É só a tese, a tese, a tese. Não pode comprar bicicleta por causa da tese. A gente não pode ir para a praia por causa da tese. Tudo é pra quando acabar a tese. Até trocar o pano do sofá. Se eu estudar vou acabar numa tese. Quero estudar mais, não. Não me deixam nem mexer mais no computador. Vocês acham mesmo que eu vou deletar a tese de vocês?

Pensando bem, até que não é uma má idéia!

Quando é que alguém vai ter a prática idéia de escrever uma tese sobre a tese? Ou uma outra sobre a vida nos rodapés da história?

Acho que seria uma tesão.


Copyright 1998 - O Estado de S. Paulo

Realização e Magistério

Caminho da realização
Planejamento, qualificação profissional e boa leitura das diferentes realidades do campo educacional podem fazer com que se obtenha realização na carreira docente. Até mesmo financeira
Valéria Hartt

A habilidade de interagir com seus pares é essencial para a carreira docente

Diante do desprestígio social, a carreira do professor - da professora, na esmagadora maioria dos casos - há tempos deixou de seduzir os jovens universitários. Sobram indicadores para apontar a queda livre. O que sur­preende é o que está na contramão dessa visão do senso comum: a constatação de que existem professores bem-
sucedidos, realizados profissionalmente e com salários bem acima da média do mercado. Afinal de contas, seria possível sonhar com o casamento entre realização profissional e prática do magistério?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cursos da USP - Mecânica e Ótica

O ensino a distância não é mais uma proposta. É, sim, uma tendência. As páginas de ensino de física da USP com uma qualidade observável demosntram como os materiais se tornam cada vez mais eficientes sem dispensar a necessidade do professorado. O sistema presencial e o sistema a distância se alternam e se completam. Os dois, colocados lado a lado, mostram a necessidade de um professor bem preparado e, ao mesmo tempo, acusa como tudo será infrutífero se não houverem alunos interessados/motivados.

Para quem quiser ver os cursos de ótica e mecânica do Programa Educ@r, clique em:


e em:


É isso.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Quem dá aula de Física ?

Até teólogo e bibliotecário dão aula de física - diz o Jornal da Ciência. Vou pra missa já. Ou fazer biblioteconomia. Ou pra um seminário. Sei lá. Qualquer alternativa é melhor do que esse curso maluco de física, aprendendo teoremas e mais teoremas. Cálculos e mais cálculos. No final uma tia que carimba livro ou um padre frustrado podem fazer o mesmo serviço ao qual eu me proponho.

Para ler:

É isso (. ou ?)

o.O

Nanotec no século IV

Lendo um material sobre a necessidade de se dar a atenção à nanotecnologia em diferentes disciplinas dentro da sala de aula, me deparei com um trecho que fala sobre algo feito numa taça... Por favor leiam e opinem. Já dizia a plaquinha do Mulder em Arquivo X: "Eu quero acreditar".

"(...) Já no século IV, com a taça de Licurgo, foi identificado um trabalho com partículas de ouro com 20 nanos em baixo relevo no material de vidro e rubi, que é considerado um trabalho dos velhos nanotecnologistas(...)"

Quer ler mais? Saber mais? Em caso afirmativo:

É isso.


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Experimentos de Física

Uma das mais difíceis disciplinas no ensino médio é a física. Isso não é mais novidade. Os experimentos de baixo custo, muitas vezes, facilitam a compreensão de conceitos abstratos e importantes para os alunos de ensino médio e essa é uma busca que procuro fazer pela internet e através de livros. Alguns links relacionados com o assunto já se encontram na lateral do blog. No entanto, procurar facilitar a construção de conhecimentos cada vez mais intrincados nos diferentes ramos da física é preciso e a utilização de materiais lúdicos para tal será uma busca constante.
Dentre os links mais interessantes para a utilização no ensino médio estão:


É isso.