BOAS VINDAS

"A física é para a vida" (Leonard Mlodnow)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O poder judiciário.

Lá vou eu tentar (re)ativar meu blog. O pensamento "o que escrever" ou "para onde direcionar" os textos me paralisa. Tenho essa dificuldade porque gosto escrever de forma que os textos sejam de comum a todos meus dois ou três leitores independente da fidelidade partidária do leitor que aqui vier.




Há alguns dias percebo o movimento de  críticas ao judiciário e, finalmente, minhas  preces foram atendidas: É fatal que o povo brasileiro, acostumado a elencar bodes expiatórios, vai falar muito sobre o juíz que impertrou uma decisão de cinco mil reais representadas contra um agente de trânsito que o abordou declarando para aquele magistrado posição inadequada enquanto motorista mas alguns jornais se levantaram para críticar o incólume poder judiciário.

Aqui, ao contrário de disparar o que as redes sociais falam, gostaria de dar breves palavras sobre um panorama mais geral. Não quero ficar deitando palavras sobre um acontecimento isolado já que o poder judiciário é muito maior e sofre de problemas semelhantes e maiores. Este é composto pelo STF (Supremo Tribunal Federal), STJ (Supremo Tribunal de Justiça); além das instituições de Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral, Militar e Civil, e também pelas comarcas regionais para cada uma das cinco instâncias específicas antes citadas. Ao todo são mais de 16 mil magistrados com o poder de interpelar um civil para que o lado mais fraco da corda se arrebente, caso haja impasse entre um desses milhares e o outro. Os dados sobre a quantidade vêm dos sites do Planalto e do CNJ.

Se eu disser alguma besteira estou pronto para assumir e corrigir mas isso não me impede de fazer críticas: O PJ possui autonomia administrativa e financeira garantidos pela Constituição Federal. A redação da Carta Magna é justa e deve ser amparada pelo STF. O problema é que as brechas da autogestão são geridas também pelo mesmo aparelho jurídico ao qual a letra do direito contempla. Se algum tribunal não conseguir esclarecer ou dirimir, com base na lei, sobre algum impasse, o próprio poder judiciário decide sozinho como operar o direito para qualquer caso em que esse impasse aconteça. Nada mal (ou acredito que não haja nada de mal) para o caso em que as licitações públicas não conseguem cercear os participantes ímprobos com base na lei pura e que, cientes do fato, precisam de regular compras com o dinheiro público.

Mas e quando o princípio jurídico de moralidade entra em questão? Esse também deve ser autogerido? É o caso de quando o ministro Gilmar Mendes, magistrado do STF pediu vistas para o processo de abolição do financiamento de pessoa jurídica em campanhas eleitorais e nunca mais falou sobre o assunto (e nem vai falar); ou para o caso em que vemos ainda vários magistrados pedindo o direito ao auxílio moradia que se soma a um salário de mais de vinte mil reais. Eu consumiria horas inacabáveis e produziria um texto para cada caso se isso fosse produtivo.

Um mal estar muito grande serve de sonífero para "o gigante que voltou a dormir": Temos a mania de apontar o dedo apenas para aqueles que não se beneficiam da vestimenta de um colarinho branco. Já deu, né? Nossas fontes são apenas os jornais e, a maior parte deles é partidário, tendendo a achincalhar uma corrente política, enaltecendo a outra mantendo o gado brasileiro sob a ração mais pérfida e vil chamada maniqueísmo. Um maniqueísmo burro. Somos em grande número, trabalhadores honestos e sem paletós, na verdade.






Fabrício Paraiso é professor particular e está aprendendo com vocês.


domingo, 3 de agosto de 2014

Processo seletivo para empregos



Um amigo formado em relações internacionais terminou recentemente um processo seletivo. Este processo foi dividido em três etapas: A primeira foi uma prova de conhecimentos gerais (matemática básica, português básico, informática e os assuntos intrínsecos à sua graduação); A segunda, uma dinâmica de grupo; a terceira, entrevista com os chefes e psicólogos gestores do processo seletivo. Apenas na terceira etapa foi mencionada alguma menção ao salário que seria pago, ao tipo de trabalho específico e à questão de que era uma simples cobertura para uma empregada efetiva da corporação que agora estava grávida.

Meu amigo lamentou e declinou gentilmente para os empregadores. Contou-me depois, em off, um segredo que partiu dos gestores no dia da entrevista: Ele já era o escolhido. O outro candidato que esperava do lado de fora foi classificado apenas para dar número e legitimidade para a fase final, coisa que é necessária segundo algumas leis (que o autor desse blog desconhece).

As hipóteses que eu levantei sobre o curioso caso:

1) Os gestores são displicentes?

Desprezar a condição humana, sobretudo o fato de que somos imperfeitos, em um processo seletivo chega a ser perverso na opinião de quem escreve. Na análise de candidatos, ao longo de um processo, me espanta como uma única palavra ou esquiva desviante desabona aquele que pleiteia uma vaga (e que poderia se mostrar mais leal aos propósitos da empresa por ser menos qualificado). Não sou o Max Gehringer mas uso matemática básica para tudo: Se existe uma vaga e eu chamo um número próximo de 01 (um) de candidatos finalistas, o risco de matar o processo no final aumenta.


2) Existe algum propósito escuso?

O fato de selecionar efetivamente um único candidato para que os outros restantes em uma suposta fase final fossem apenas número não era verdade. O calcanhar de aquiles existente na afirmação do gestor que já aludiu sua escolha na direção do meu amigo está relacionada com uma questão:  existe uma "pressão" feita sobre alguns candidatos que, de fato, teriam perfil para assumir uma função, aceitando passivamente essa pressão (ou ideologia) imposta pelos gestores.

Agindo assim, o empregador partiu da hipótese que a alegria de ser a finalista de um processo para essa pessoa a faria feliz e isso coagiria "o finalista" a aceitar a vaga. Após a pseudo-vitória, o patrão disse para esse camarada que conheço que o salário bruto ficaria em 2000 reais (e portanto, o líquido seria bem menor que isso).

Soma-se ao fato que o trabalho fica em outra metrópole diferente da que o finalista reside. Isso implica em mudança, pagamento de aluguel e despesas de lar, compras de supermercado, além das idas e vindas para rever os familiares. Em outras palavras: MEU AMIGO IA PAGAR PARA TRABALHAR (ou aquele outro que estava do lado de fora da sala pagaria). Talvez seja. Quem sabe?

Escrevo esse texto porque quero alertar aos meus alunos, principalmente os do ensino público, que largam uma matrícula na escola para aceitar um posto de trabalho. Se o estudante segurar as pontas por mais algum tempo, ele perceberá um provento advindo dos estudos, ou de um processo seletivo menos injusto, que seja um tanto maior. Como visto, as coisas não estão fáceis nem mesmo para os que tem diploma de ensino superior.

É isso.




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Escolha pela carreira docente





Há algum tempo fiz o primeiro escrito sobre escolha da profissão. Naquele alfarrábio, versando sobre três dos cursos mais procurados, meu amigo Carlos Henrique disse que eu tinha pesado a mão e pecado em alguns pontos. - Que bom! Desta vez pretendo carregar mais ainda a mão. E se eu fui preconceituoso e infeliz naquele artigo sobre os problemas das profissões, aqui eu darei a minha mão à palmatória para que ela saia em carne viva.

Escrevo este artigo nas adjacências da realização do enem 2013/14. Todas as escolhas por curso são possíveis mas há aqueles que querem ingressar na carreira superior para o exercício do magistério, ou ainda, alunos que querem se tornar professores. Para estes, seguem palavras nenhum pouco doces. Tampouco quero falar do óbvio.

Para quem escolhe a profissão de Professor, em especial do ensino básico (fundamental + médio) e fica em dúvida sobre qual disciplina escolher para seguir (assim como eu fiquei), seguem três sugestões:

Alunos ingressantes, alguma das cadeiras acadêmicas (português, educação física, geografia...) lecionadas nas escolas te desperta para horas de leitura e imersão aprofundada? Qual delas? - A importância de se pensar nesse assunto remete ao fato de que cada disciplina na universidade te solicitará, em média, 300 a 600 páginas de leitura em um semestre. Multiplique esse número pelo número de disciplinas ao longo do seu curso superior. Soma-se a isso a seriedade e a importância de mostrar, em momentos cruciais, que professor também estuda, ao contrário do que pensa a sociedade e o senso comum.

A informática te assusta? Então repense o caso. O mercado educacional passa pela oferta de aulas on-line (facilmente encontradas no youtube). Além disso, o desenvolvimento de materiais, a formação de opinião e a divulgação científica, social, política e cultural estão mais dinâmicas. Hoje é muito mais fácil oferecer duas, três ou mais visões sobre o mesmo assunto dada a quantidade de escritores on-line e muitos deles são docentes. O professor, em sala de aula, pode ser solicitado a conciliar, relativizar ou organizar o pensamento a respeito do assunto quando este se tornar polêmico.

Uma última e pequena necessidade ainda tímida e pouco valorizada pela classe docente: Leis. Professor também deve saber leis. Professor, em esmagadora maioria, não sabe o que diz o estatuto da criança e do adolescente, que é a matéria-prima do seu trabalho. Professor resolve uma boa quantidade de coisas na base do "eu acho", fortalecendo a desunião dos regentes de classe, quando algumas decisões não estão abertas porque estão previstas, por exemplo, na Lei 9394/96 ou ainda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O que nos une é mais importante que aquilo que nos leva à divergência. Isso porque não mencionei as súmulas do MEC e a lei 11.738/08. Deixo o assunto em aberto para provocar e discutir-se.

Um último dever de casa para aquele docente que passar o olho por aqui:  repare essa última legenda numérica e se não souber do que se trata, vá ao google. Abraços.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

OPV e outras disciplinas - Primeira Parte

Sugestão do tema: Patrícia Paraíso. Meus agradecimentos. Vou explorar em algumas partes por que não consigo tempo para esgotar o assunto e nem senti a capacidade de resumir em um único post.

Quando eu estava na quinta série, uma professora apareceu na fila que deveria ser formada ao findar do recreio para cantar o hino nacional. Já havíamos passado o primeiro e talvez o segundo bimestre completo. Ela estava na cabeça da fila da minha turma e os meninos, em especial, olhavam pra ela com curiosidade: Conhecemos ela como a Tia Cris.

Hino cantado. Turma conduzida à sala. Alunos ficam mudos quando um professor(a) novo(a) chega à sala. Tia Cris era muito bonita e bastante heterodoxa. Deu bom dia a turma, olhou os alunos com atenção e começou a falar com vogais esticadas. Alternava o volume da voz. Contava uma piada com a cara mais séria e não ria, o que me deixava engasgado porque eu não sabia se podia rir quando achava graça, mais do que quando eu tentava contar minhas piadas e  ria delas ao mesmo tempo. Aquela mulher trazia algo... Chegou na escola para lecionar OPV.

Escreveu "OPV" e a data: xx/xx.  ??(dia)/??(mês) - (Queria minha memória saber como esse dia seria significativo e lembrar mais que isso). Tia Cris olhou para a turma e sua primeira frase foi:

"Senhoritas e Senhores.... vocês não são  mais tão crianças e, muito em breve, estarão batendo punheta e siririca".

Ela com a cara séria. Nós aos risinhos. (Punheta todos sabiam o que significava. No entanto, "siririca"...). Ela foi à sigla do quadro: OPV: Orientação Para a Vida. Disciplina nova incluída sabe-se por que cargas d'águas.

Alegava, a professora nova, que precisávamos conversar com os adultos, entender coisas difíceis que os adultos falavam e responder com elegância. Explicou que, por isso, ia nos presentear com uma das opções de "assuntos difíceis" de se aprender, que fazem parte do mundo dos adultos e que pede muuuuuuuuuuuuuuuuuuita A-ten-ÇÃÃÃOOO - insistindo nas vogais longas e nas variações de volumes a cada sílada de certas palavras.

Uma turma como a minha tinha a faixa etária de 11 a 13 anos. Gostavam todos de atari e do famoso master system recém lançado naquela época. Não fazíamos ideia sobre como se ganhava dinheiro, como se abria uma conta bancária, ou como se tornava um profissional. Mesmo assim Tia Cris convocou a turma para escolher entre todas as opções de assuntos que ela trouxe do mundo dos adultos: "Política e Plano Collor" - "porque esse é um assunto muito discutido por adultos que trabalham em Brasília"; "a morte" -  "porque há importância de se viver com regras morais e de se falar sobre a morte de pessoas queridas".

Estou divagando pra tentar lembrar se era isso mesmo que ela falou e quantos mais assuntos fizeram parte da lista...





Outros assuntos foram escritos no quadro, outras justificativas vieram e, por último, Tia Cris escreveu - "AIDS E SEXO".

Não me lembro dela ter  tido tempo para justificar a última opção mas o leitor não precisa de frações de segundos para saber que esse fora o assunto escolhido pela turma, aos gritos. Ela, convencida da unanimidade se pôs imediatamente a "O.rientar" a mim e aos meus colegas. (Pausa: Eu não sei porque me tornei professor mas se eu tivesse que justificar minha escolha, eu tomaria alguns episódios da minha vida escolar e haveria empate entre este e mais alguns).

Vogais prolongadas e ouvidos abertos. Todos queriam saber o que aconteceu com o Cazuza que foi capa da revista veja e porque um burburinho de pessoas assustadas corria entre os mais velhos dizendo que um tal vírus (de sigla que eu  não conhecia) estava chegando no Brasil. Era o ano de 1990 - poucos anos após eclodir a polêmica do câncer gay em metrópoles dos estados unidos.

Todas as semanas eram culpadas por estampar nas caras dos meus colegas (e na minha) uma visível espera pela Tia Cris. Nos fins de semana meus tios se reuniam na praia e eu, expansivo, metido-a-centro-das-atenções e pentelho, falava com eles sobre fragmentos da aula da Tia Cris e sobre cada um dos diferentes tópicos explorados com detalhes e de maneira saudável por ela: sexo vaginal, sexo anal, sexo oral, aids passa por leite materno, por agulhas e seringas, não usar drogas, usar camisinha, "Sindrome da imunodeficiência adquirida"; aids não passa por beijo e nem por abraço, aidéticos querem se matar, aidéticos querem abraços, carência, solidão, loucura, preconceito, homossexuais, heterossexuais, etc.

Tia Cris não gaguejava na hora em que mostrava como um pênis entrava numa vagina ou em um ânus, gesticulando com os dedos. Falava alto (e como quem saiu do exército) que as mulheres adultas estão aceitando sentir menos prazer que os homens. Me lembro de detalhes mas hoje não consigo me lembrar de um único tremor ou hesitação quando ela falava que alguns de nós já devia tocar no pênis ou no clitóris, ou que faríamos isso em breve, para sentir prazer até chegar ao orgasmo e gozar. A turma já não ria mais de "punheta", "porra" e nem outros termos. Escutávamos "masturbação" e "esperma" (e outros termos técnicos) sem confundir a ninguém e as aulas foram tomadas por braços levantados e dúvidas. Dúvidas - um elemento que eu não imagino ocorrer numa aula similar para uma turma similar já que hoje temos o google que nos basta.



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Se chegaram até aqui agradeço pela paciência da leitura e peço que me perdoem. Continuarei em breve.





domingo, 5 de janeiro de 2014

Rigor da classe docente




Os estudantes se queixam que professores dificultam a explicação e acreditam que o ensino conteudista não prepara seus discentes para o mercado de trabalho e para os exames de ingresso ao ensino superior. Professores (como eu) acreditam que o rigor tem seu momento. Ensino com sistematização e técnica por repetição é algo necessário até o fim do ensino superior. Este texto, como muitos aqui, tem por objetivo provocar a questão e evidenciar aquilo que a memória nos traz quando falamos no assunto.

Em dezembro do ano passado o resultado do Pisa1 apontou o Brasil em situação ainda bastante aquém da capacidade econômica do Brasil no cenário mundial. Outros índices, como o Sinaes2 e o Paebes3 não diferem muito do que diz a primeira avaliação. Baixos índices apontam a falta de abstração do aluno, sobretudo em ciências exatas. - Muitos apontam a famosa contextualização ou interpretação de um texto que o leve a saber realizar um procedimento matemático (entre outras capacidades, naturalmente).



Por que e quando devemos ser rigorosos?



Ao ler os livros de física e matemática do ensino superior, livros de direito que vejo serem muito importantes para a formação cidadã, Clarice Lispector, José Saramago, bula de remédio e vários outros textos, percebo como o rigor da professora Maria, austera e paciente por trás de seus óculos na minha 4ª série, foi fundamental. Dizia ela: "ler 10 vezes é pouco. Ler 20, também. Devemos ler até entender. Não existe um número".
Penso o mesmo sobre a tabuada de multiplicar, os nomes dos elementos químicos da tabela periódica, nomes de microorganismos que nos acometem em doenças diversas, todos eles têm sua importância em reproduzir-se pela técnica, leitura e releitura em nossas mentes. Se somos alunos do ensino básico, superior ou da cidadã vida cotidiana, não existe saída: sempre que houver a necessidade de superar algum conhecimento, traça-se foco e disciplina para transpor barreiras.

Qual o momento de exigir mais do que os alunos dão?




Uma vez me espantei quando fiz meu primeiro simulado em um preparatório para o vestibular. Um professor de literatura, após ouvir minha queixa, me expôs na sala de aula, na frente de vários colegas que riam de mim quando falei sobre essa coisa de acertar cada vez mais. "Chegar perto de 90% de acertos nunca será suficiente". De fato, não o é em muitos processos seletivos, como os de ingresso ao vestibular ou ao serviço público estável. Naquela época doeu o escárnio e não se falava em bullying mas hoje estou formado e aquilo que aos poucos me mata também me nutre. Não há mal em querer mais rigor mas não há receita de qual é a hora de se querer mais. Cada indivíduo dirá.

Estamos ficando mais "frágeis" e "expostos à hiperrigidez dos professores"? Se sim, isso nos torna melhores? Piores?

Uma memória: Uma menina fez enem na ufes neste final de ano e defecou propositalmente na sala a qual foi designada. Seu prostesto (então, não foi por acidente ou mal estar inesperado) ocorreu para chamar a atenção sobre a "palhaçada" que havia com os professores do Brasil que ficam "na boa descansando na praia enquanto os alunos estão se matando com o dito exame nacional".



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1, 2, 3 - Pisa (Programme for International Student Assessment), Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) e Paebes (Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo) são instrumentos de avaliação do rendimento das diferentes etapas da vida estudantil e em diferentes abrangências - internacional, nacional e estadual.