BOAS VINDAS

"A física é para a vida" (Leonard Mlodnow)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A insustentável dificuldade do ser... professor

Recentemente, após me formar, tentei acesso a 3 empregos: Professor substituto no IFES, Professor substituto na UFES e Tutoria à distância na ufes. Dos 3 consegui apenas a tutoria. Coisas boas e coisas (MUITO) ruins a se dizer.

Ruins: Muito se fala que os processos seletivos pra professor substituto nas universidades tem um quê de carta marcada. Se é assim, vamos obedecer à lei da selva e nos fazer perguntas menos cômodas: "como se tornar uma carta marcada?", "como entrar na dança das panelinhas sem feriri os próprios príncipios?".

Boas: O presidente da banca (que deve ser a pessoa responsável por decidir como será o processo seletivo) agendou este processo em duas etapas: títulos e a aptidão didática na forma de entrevista. Fui o primeiro lugar na prova de títulos (iiinheeefuuuu... e eu sou só um graduado... um bosta recém chegado ao mercado de trabalho) mas fiquei defasado na aptidão didática (entrevista). O outro candidato tirou 10 pontos a mais que eu nessa segunda etapa.

Tentativa de cavar minha panela e minha peixada (afinal somos capixabas): fui até o presidente da banca - um atual professor da área de Ensino de Física e perguntei o que eu poderia fazer para ser melhor pontuado. Esse professor reconheceu o valor de eu querer me preparar pra um próximo processo seletivo e me disse momentos em que não fui tão bem - além disso me instruiu a arcabouçar o resultado que deferiu a minha aprovação em 2o lugar dizendo que é importante ter este resultado para ganhar mais pontos em uma futura prova de títulos.

Boas: A tutoria contém um vasto material que mostra o quão rica é a área de ensino de física. O que me faz pensar qual deve ser meu próximo tiro (não do mercado de trabalho mas sim do mundo acadêmico) - inclui ótimos artigos da área e materiais de ciências humanas que são referência para várias provas de mestrado.

Outra boa: A tendência observada em cursinhos pré-vestibulares e préparatórios para o enem, de caráter voluntário/comunitários que estão abertos, podem ser um futuro que servirá para a pesquisa em Educação Inclusiva / Ensino. Quero falar mais sobre isso em posts posteriores. Por hora apenas acho que plantaram uma idéia muito bem plantada na minha cabeça: Por que essas atitudes inclusivas não são articuladas e ligadas ao mercado de trabalho? Elas são fonte de novos profissionais em ascensão e de futuros alunos de qualidade e origem humilde. Agradecimentos à Anna Paula Bacalhau.

Por ora é isso. Abraços,

Fabrício.

(Fabrício Paraiso é Tutor do Curso de licenciatura de física à distância do Pólo de Alegre, Professor de Física e Coordenador de Física nos cursinhos Educal e Dandara)