BOAS VINDAS

"A física é para a vida" (Leonard Mlodnow)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Denúncia de fios e cavalos

Há muito tempo espero fazer o primeiro post "Denúncia". Digo isso porque para falar de educação fora da sala de aula também penso que devemos falar em "se posicionar e não se omitir".

Hoje à noite passando pela Wellington de Freitas, rua do meu bairro em Vitória, me deparei com um fio de alta tensão abaixado, enquanto caminhava rápido para escapar da chuva. Quase toquei o mesmo com o pescoço afinal o fio estava a uma altura muito pequena e eu estava com pressa, a rua estava pouco iluminada, com chuva (e por isso só queremos abrigo e não reparamos em todas as coisas) e, pra completar, eu sou bastante distraído. (Para não usar predicado pior.)





Contatei o ciodes, um serviço que sempre orienta o cidadão com algum tipo de problema. Os atendentes dispensam muita atenção, dentro de suas incumbências. Pois, dentro do que podiam, me recomendaram ligar para a escelsa. Reclamei que, dentre os serviços recomendados pelo ciodes, alguns são pagos (Como assim? Precisamos de alertar a administração pública sobre os deveres dela e ainda precisamos gastar o caro crédito do nosso celular?) - A senhorita respondeu que esse, por sorte, é gratuito.

Com o número 0800 721 0707 (o disque escelsa, ou algo assim) solicitei orientações sobre o que era necessário fazer para que o reparo ocorresse. Ela me disse que eu precisava de um número correspondente ao que se encontra na minha conta de luz para que um procedimento fosse gerado. Como não tinha tal número, desliguei.

Alguém pode dizer que isso não tem nada a ver com educação. Pois eu tenho certeza absoluta que sim. Ao perceber algo que podia prejudicar alguém, procurei dar cabo daquele problema ao invés de deixar que aquele fio fosse o responsável por algum dano. Não vou me omitir já que eu não fui prejudicado com aquilo e já que aquilo não me atinge (ou por sorte, não me atingiu). Triste é saber o quanto somos vítimas do excesso de burocratização por aceitação passiva, da depredação do bem público e da omissão.

Isso de não deixar que o mal feito fique à sorte do próximo que passar por ali tem tudo a ver com educação. É por esse mesmo princípio que precisamos cuidar de não entupir os bueiros para não reclamar nas épocas de chuvas, e nem pela depredação de telefones públicos, lixeiras, tampas de canais e outros bens simples porém imprescindíveis.

Outra ocorrência parecida com a anterior: Há seis meses aproximadamente, voltava de uma festa em Carapina, de noite. Vi na descida da norte-sul, próximo ao Shopping Mestre Álvaro, um cavalo abandonado na marginal da rua. Não faço a mínima ideia de quem possa ter cavalos e ali deixá-los. Já ouvi falar em mortes de trânsito por choques com animais grandes como este e então sei do perigo que é um animal como tal à deriva.

Liguei para o ciodes, como já tenho o hábito de fazer. Solicitaram que eu ligasse para um serviço especializado que toma conta do assunto. Perguntei se não haveria alguma ação imediata para que a coisa não cause nenhuma vítima. "Cavalos, sem motivos aparentes, ficam loucos, entram em disparada e, se por isso, ocorrer uma colisão, aí sim a polícia entrará em cena?" - Perguntei. A conversa foi muito bem recebida pelo atendente que, como todos, são muito educados, porém o atendimento terminou com resultados estéreis, ao que parece.

Lembro-me de que era dia um útil porque passei no fim de semana correspondente por ali de novo e vi um pedaço de carne grande e abandonada em uma das pistas. Não quero ser "torcedor do azar" e também não tenho provas de que algo ruim aconteceu mas não me assustaria se minha previsão tivesse se concretizado e cavalo e carro tivessem produzido uma tragédia.



Em tempo: até a produção desse texto não consegui retomar a conversa com a escelsa. De qualquer forma, fico chateado porque é necesário um número a ser pedido por um passante que tem o direito de transitar sem correr riscos, sendo que ele também é contribuinte tal qual o morador daquele bairro onde se localiza o problema.

E outra: sou morador dessa região, mas se eu não o fosse, daria um número de outro bairro (constante da minha conta de luz) e que não confere com a região que me atende. Estaria eu, assim, desobrigado burocraticamente a querer levantar a queixa?

Um comentário:

Igor Odilon disse...

Fabrício,
Esse fio baixo é um ramal, possivelmente de telefone. Ele nao causaria maiores danos. O que é preocupante é este poste caído.
Eu trabalho na pmvv, na parte de iluminação pública, e somos nós que tomamos as providencias, mesmo que seja para ser passado à EDP.
Da próxima, ligue para o 156, o telefone da ouvidoria de Vitória.