BOAS VINDAS

"A física é para a vida" (Leonard Mlodnow)

domingo, 17 de novembro de 2013

Sucesso na Profissão

Há alguns dias um aluno me perguntou: "como ganhar dinheiro rápido sem se entregar a promessas falsas dos dias de hoje?"

O objetivo do aluno era saber mais como não ser enganado por exercícios criminosos e/ou enganosos que passam por serviços que prometem rápido enriquecimento e conforto financeiro, por exemplo: telex-free e herbalife.

O assunto é longo e merece ser desdobrado em outros pensamentos. A resposta que dei foi rápida e curta: "Estudar muito e aceitar o trabalho que vem pela frente."

Naturalmente que as minhas respostas iniciais se baseiam apenas na experiência pessoal. Depois disso, se o assunto ainda insiste na minha mente, corro pro google e peço socorro. Santo Google, neo-dicionário do tudo. Neo pai dos burros que, antes, era o Aurélio.

Este é um assunto que permeneceu. Encontrei as discussões persistentes na internet. Gente que quer entrar logo em empresas de ponta com ótimos salários sem, antes, experimentar o trabalho braçal que confere expertise técnica, rapidez de raciocínio e decisão por acúmulo de situações que desafiam as limitações profissionais.

Um artigo do Brasil Profissões fala sobre a polêmica dos 8 anos para o curso de medicina que menciona a questão de dois anos extra apenas voltado a atender o SUS. As reações e opiniões são diversificadas. Este artigo em questão, assinado por Tom Coelho, mencionou algo importante - se, em todos os cursos, houvesse a mesma imposição, de forma análoga, a sensação de abandono das classes mais baixas se reduziria e aumentaria o traquejo profissional do estudante que cede aos caprichos do enriquecimento fácil. Realização profissional virá com o trabalho e dinheiro, como consequência. Já diz lição de avô passada para meu pai e, por sua vez, passada pra mim.

O estudante está convidado a fazer uma lista de 10 (pode aumentar pra 20 ou 30) itens que nos entristece na realidade social do nosso país. Depois faça mais uma com o dobro de itens que nos alegra perante essa mesma realidade. A primeira lista se completa com mais rapidez que a segunda e eu concluo: Essa vontade de ganhar dinheiro vem da vontade de não precisar de se confrontar com as misérias da  vida material e das mesquinharias, das filas de doentes que não acabam, das obrigatoriedades legais que não são questionadas pelo fazer diário, do trabalho do dia a dia, que podem auxiliar aqueles que só reclamam sem sugerir soluções e que não se opera por falta de vontade. Aquela mesma falta de vontade fácil de falar sobre Brasília e que é melhor ser assobiada quando se fala do nosso jardim.

Sai de fininho, ainda dá tempo.

Mais em: http://www.brasilprofissoes.com.br/blog-do-bp/sete-vidas/servico-civil-obrigatorio#.Uol9otIjLAg

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